O GRITO DOS EXCLUÍDOS E O SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO! Ou: O POVO DEU O SEU GRITO, E AGORA?

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Rio Pardo de  Minas

No dia 7 de setembro, uma multidão foi às ruas para dar o seu grito, diante das diversas situações que geram exclusão no município. Por meio de falas emocionadas, cartazes, faixas e bandeiras, o povo clamou por maior atenção da administração municipal e denunciou a situação de abandono em que se encontram.

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Multidão tomou as ruas para gritar por direitos, o Grito dos Excluídos de Rio Pardo de Minas

O povo gritou por melhores estradas, pontes, postos de saúde, médicos, pediatras, creches. Denunciou o fechamento das escolas do campo, o descaso com os servidores públicos, a ausência do prefeito, a perseguição política, a omissão da maioria dos vereadores. Clamou pelo direito á água, à terra, ao território, à dignidade, pela valorização da cultura, pela geração de empregos. Lembrou a importância do voto consciente.

Em tom de desabafo, muitos dos populares foram bastante incisivos em acusar a atual administração (o prefeito) de não cumprir as promessas feitas, seja durante a campanha, seja nas negociações com os servidores. Valdete, liderança da Vereda da Onça (região de Serra Nova), lembrou as palavras do prefeito em campanha: “se eu não mudar essa realidade em um ano, podem cortar meu pescoço”.

Lideranças de diversas comunidades denunciaram as situações de exclusão no município

Lideranças de diversas comunidades denunciaram as situações de exclusão no município

Pois bem, alguns dias já se passaram e o que se viu foi um total silêncio por parte do governo municipal. Apesar da grande repercussão, nas comunidades, nas ruas e nas redes sociais, até agora não se viu nenhuma manifestação por parte do prefeito ou de sua assessoria. Na verdade, isso não chega a ser nenhuma novidade; “dar as costas como resposta” já está se tornando uma tradição da atual administração: os servidores públicos que o digam.

O momento é de reflexão, afinal, o povo (ou grande parte dele) deu seu grito, mas e agora? Qual será o legado desse evento que há tempos não se via no município? A Igreja Católica e Movimentos Sociais que o organizaram já sinalizaram que é preciso continuar as ações, seja por meio de grupos de reflexão, seja realizando novos protestos, ou mesmo incentivando os cidadãos a participarem diretamente da política, seja sendo candidatos, seja votando consciente. Afinal, já diziam Edmund Burke, “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.” E o momento pede uma participação direta, dos que agora fazem, com razão, a crítica.

DSCN2677Acolhendo proposta do Padre Ademir – principal animador do Grito – lideranças das diversas comunidades, movimentos e sindicatos participantes da manifestação do dia 7, levarão as reivindicações feitas no Grito, as faixas, os cartazes e as bandeiras, para a próxima sessão plenária da Câmara de Vereadores, que ocorrerá no dia 15 de setembro, próxima terça, às 19 horas. Este será o primeiro ato concreto do “Pós-grito”.

E depois? Pois bem, fiquemos atentos, vigilantes e sigamos em frente, afinal:

“SE CALAREM A VOZ DOS PROFETAS, AS PEDRAS FALARÃO”!

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