Registros da evolução do “mercado riopardense”: a força da imagem e a solidez da memória.

 

Texto: Moisés Dias de Oliveira[1]

Imagens e entrevistas: Felicíssimo Tiago[2]

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Pode se dizer que Rio Pardo no tempo das “minas e dos currais”, foi rota para o Mercado[3] de boiadas. Por volta de (1690-1772) foi no sertão do rio Pardo que o capitão Antonio Gonçalves Filgueiras, companheiro de Matias Cardoso, na guerra dos sete anos, conquista tribos indígenas em terras rio-pardenses. Em 1776 Rio Pardo já era conhecido, por aqui passava a estrada de Goiás a Conquista na Bahia, rota comercial dos boiadeiros e suas boiadas, seu ponto de parada eram as fazendas Curral Novo e Peri-peri.

Nos anos de 1800, Edneila Chaves, registra a participação, mesmo que pequena, de Rio Pardo no comercio de escravos no Mercado da região, a autora relata que a mão-de-obra escrava riopardense foi mantida, em grande medida, por meio da reprodução interna. Cônego Newton registra que em 1883 eram contabilizados no mercado de Rio Pardo 3.667 escravos.

Nas primeiras décadas do século XIX (1801 a 1830), o algodão em rama como o produto artesanal de Rio Pardo, por exemplo, era comercializado no Mercado regional, com frequência para Bahia, conduzido em bestas e em canoas nos trechos que o rio Pardo era navegável[4].

No final da década de 1850, em virtude de condições adversas, a fábrica de ferro fundido da vila do Rio Pardo, teve uma tímida experiência no Mercado, além do ferro fundido, produziu alguns cravos e fechaduras; na localidade de Serrinha, atual distrito de Serra Nova, não mais produz, em consequência da má qualidade e os altos custos com o transporte e com os impostos.

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Relíquias guardadas por Dona Ester, descendente do Prefeito Henrique Costa. (Chaves fabricadas em Serra Nova).

Os primeiros registros de mercado em Rio Pardo de Minas, data de 19 de julho de 1872, na transição de villa para cidade, a lei prov. Nº 1895, no orçamento 1873-1874, autoriza, no parágrafo 2º, 1:500$, para aquisição de uma casa de mercado na vila Rio Pardo.

O 1º mercado foi construído no meio da praça (hoje José Cantídio de Freitas) por Henrique Costa[5], esse mercado, um vasto salão de piso térreo, ficou ativo até 1954, Segundo Cônego Newton, parece que ali funcionou desde a fundação da vila em 1833.

O segundo registro data de 1937, marcado na memória em função de um conflito, entre Juraci Rodrigues e Olídio Brito de Oliveira e Dezinho, seu irmão, ocorrido dentro deste mercado, assim descrito pelo saudoso Conego Newton, uma espécie de barracão existente no meio da atual praça Dr. José Cantídio, contornado por grades de madeira e com 4 (quatro) entradas uma de cada lado.

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Foto do 1º mercado – ângulo de visão frente com a rua… – a casa ao fundo, hoje, é de Dona Carminha.

O Sr. Henrique de Sá, confirma em suas memorias de infância, o que o Cônego Newton relata na obra Efemerides Riopardenses, esse conflito, relembra que, trazia nos animais as buracas carregadas com rapaduras, para o mercado, o Sr. Henrique guarda na memória a recomendação de seu pai, quando começou os tiros “meu filho deita detrás das buracas”.  A rotina do menino Henrique toda madrugada de sábado, é clara em sua memória, Tocava o cargueiro de rapadura e arroz com casca. Colocava as buracas no chão batido do mercado, vendia na medida arroz e rapadura na carga e a retalho. Da raspagem da gamela, eu aproveitava e fazia umas tijelinhas de rapadura vendia por dois cobres.

Sobre o conflito está gravado em sua mente o enredo contado: quando Olídio era menino, Juracy deu uma surra de varas nele, Olídio foi para São Paulo, trabalhou, ganhou dinheiro e retornou para Rio Pardo e põe uma barraca no mercado, Juracy fala para o delegado da época, João da Cruz, que iria matar Olídio. Conta que, Juracy e pediu a um amigo que comprasse 1 kg de toucinho na barraca de Olídio, este ao se virar e agachar para cortar e pesar, Juracy atira nas costas e acerta nos rins, Olídio cai de barriga para cima de revolver na mão e alveja Juracy no pescoço, em seguida Dezinho, irmão de Olídio, de posse de uma faca peixeira, pula em Juracy e acerta várias facadas, foi um momento de muito alvoroço no mercado, as portas, portas de grade de madeira que abria pelos lados, não dava conta de tanta gente tentando sair. 

Segundo Paulo Costa, “o primeiro mercado era uma construção mais rústica, tinha feira na sexta e no sábado, muito concorrida e vigorosa, diversa. Os compradores vinham de Mato Verde e Porteirinha, uma semana inteira pelejando com a tropa, passando pela serra, participava da feira no mercado no sábado e no domingo de madrugada rapava o pé para Porteirinha, três dias”, lembra Paulo Costa.

Ainda puxando pela memória, Paulo Costa, diz: “Os catingueiros compravam: rapadura, café, aqui tinha muito café, farinha, toucinho, açúcar mascavo[6] e cachaça. Traziam: melancia, umbu e pinha muitos cargueiros de umbu e melancia. Principais comerciantes foram Juvenato Mesquita e Davi de Souza, entre outros”.

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Foto do 1º mercado – com os animais de cargas, provavelmente dos geraizeiros e caatigueiros.

Outro produto que foi bastante explorado na região norte de Minas e que representou relevante importância econômica no decorrer de seu ciclo, foi a borracha que era extraída principalmente da mangabeira e da maniçoba. Na comunidade de Água Boa – II ainda encontramos mangabeiras com as marcas do processo de coleta do látex.

Da memória do Sr. Henrique, brotam lembranças de produtos comercializados no mercado de Rio Pardo, confirmados pelos historiadores, segundo ele, no mercado era vendido borracha tirava do leite da mangaba, vendia na arroba, era vendido também muitas arroubas de casca de angico e barbatimão para curtir couro, buscava de carro de boi, o Sr. Apariz era um dos vendedores de casca, ficava a semana tirando casca e enchendo os carros de bois.

Registrado na memória, Dr. Paulo Costa, informa que “o primeiro mercado foi construído pelo prefeito Henrique Costa, no meio da praça Dr. José Cantídio, através de crédito especial aberto pela lei em 1872”, permaneceu ali até ser construído na praça Dr. Miguel Rosa.  “Quando João Mendes foi o prefeito, derrubou uma casa velha que era da mãe de Jove Pinheiro e foi feito o mercado,” na praça Dr. Miguel Rosa.

Um Terceiro registro refere-se à demolição da casa onde residia o Revmº. Sr. Padre Antônio Joaquim da Silva, para construção do mercado que foi inaugurado em 21 de novembro de 1953[7], atualmente a praça Dr. Miguel Rosa. Na gestão do prefeito João da Silva Mendes, foi construído e inaugurado no dia 02 de novembro de 1953, o mercado municipal no alinhamento das casas e demolido o antigo barracão[8] que serviu de mercado, do meio da praça Dr. José Cantídio de Freitas, construído por seu sogro Henrique Costa, este mercado ficou marcado na história rio-pardense como MERCLUBE.

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Foto do 2º mercado – banda de musica, de frente para Pç. Dr. José Cantídio.

Como relatado por Dr. Paulo Costa, no primeiro mercado, as trocas comerciais de viveres ao longo da história tem marcado a relação dos catingueiros com os geraizeiros de Rio Pardo de Minas. Dona Ester Patrício, recorda com alegria estes fatos históricos nos informando que, já no segundo mercado, construído pelo seu avô, João Mendes, diz: Esse mercado tinha uma parte fechada e no fundo apenas o piso e uma cobertura, onde ficavam os catingueiros que chegava com suas buracas carregadas de tesouros aos olhos da criançada. Continuando relata – Ficávamos na espreita, nas tardes de sexta-feira. Quando avistávamos os burrinhos carregados cruzando a ponte saíamos em alvoroço para avisar as nossas mães. Logo chegavam carregando seus cestos para as compras Nízia de Seu Julinho, Alzira da pensão, dona Lilita, minha mãe, e outras mães de famílias. Os catingueiros arreavam seus burrinhos, colocavam as buracas no chão, abriam, aos olhos curiosos de todos e dali iam surgindo umbus, melancias, pinhas da catinga (…) e as freguesas faziam suas compras. Finaliza dizendo. A noite eles dormiam na área fechada do mercado para vender o que restou na feira de sábado.

Esse 2º mercado, que durou meio século (de 1954 a 2004) passou por reformas e ampliações, destacamos sua primeira ampliação realizada na gestão de Gumercindo Costa (1955 a 1958), coordenado por Walmir Costa, pai de Lúcio Costa da Suggar, a segunda reforma e ampliação foi empreendida por Odílio Fernandes Costa (01/01/1977 a 1982), nesta época construí os açougues, a terceira reforma foi executada por Dona Maria de Raimunda de Farias Costa em sua primeira gestão a frente da prefeitura (1982 a 1988).

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Foto da facha do 2º mercado, construído por João da Silva Mendes.

Dona Ester Patrício, no informa que todas as festas como carnaval, formatura, festa de debutante, entre outras, eram realizadas no mercado, na época, único lugar disponível para tal. Como as festas aconteciam normalmente aos sábados, todos eram avisados que a feria terminaria mais cedo, por volta das 14 (quatroze) horas. Usavam grandes mangueiras de água para dar uma limpeza geral. A decoração já pronta, incluindo cortinas para janelas, em poucas horas o mercado se transformava, como numa mágica, em um lindo clube. Geralmente a decoração era planejada por seu Helio Milito, participavam dela dona Raimunda, dona Bertildes, entre outras, na confecção das peças para ornamentação.

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Foto carnaval no merclube, anos 70. Zenaide, Deusdedit, Sr. Nilson, Sr. Lili, D. Teresinha, D. Deyse, D. Carminha, D. Mirtes, Lucinha de Procidônio, ao fundo Sr. Osório.
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Merclube anos 70. Acervo Dona Ester. D. Ester, Evandro, D. Lilita e Sr. Waldimir.
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Foto carnaval no merclube, anos 80.

Newton Caldeira Mesquita, incansável rio-pardense na valorização das tradições, hábitos e costumes de nossa gente, rememora o merclube como uma era de bailes e festas, nas palavras do autor, “lembro dessas festas glamorousa, noites de sonhos para muita gente. Pude desfrutar de muitas e tenho belas recordações, assim com certeza muitos que de saudade faz os olhos brilharem. Aquelas festas inesquecíveis que tanto valorizavam a comunidade interagindo e gerando uma certa harmonia no povo do lugar. O mercado municipal, ponto de feirante e transformado nos dias de festas pelas mãos hábeis das decoradoras da época, era o nosso salão de festa.

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Baile de formatura mercado municipal, ano 1972, acervo dona Ester.
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Foto festa de carnaval, merclube – anos 80.  

Um quarto registro diz respeito ao longo período de espera para construção de um novo mercado, por ironia, quis o destino que o mercado se voltasse para mesma praça Dr. José Cantídio, com aspectos parecidos com os descritos pelo Conego Newton nos primórdios da Vila Rio Pardo.

A trajetória desde a demolição do mercado construído por João Mendes, na praça Dr. Miguel Rosa, a construção do atual mercado, localizando na Av. Rafael Bastos Pereira (frente com a praça Dr. José Cantídio de Freitas), é marcada por um longo período que mistura sentimentos de frustração, descontentamento e esperança. Abaixo alguns fragmentos de falas de feirantes coletados pelo PONTO DE CULTURA RIGUILIDO, no documentário: Mercados Riopardenses: encontros e desencontros, gravado em julho de 2013.

(…) a população de Rio Pardo anseia por um mercado (…) a gente espera um mercado que a gente fica debaixo dele e aqui agente fica quase no tempo (…) moço é doloroso trabalhar aqui a população tira agente demais, fica falando que nos trabaia numa favela (…) o mercado aqui não é bom, mas ta levando (…)o outro mercado, o projeto tá de mois ir pra lá (…)

A primeira tentativa de negociação do terreno para construir este mercado esta registrado no decreto nº 025/2004, datado de 18 de agosto de 2004, assinado pelo prefeito a época Edson Paulino, no art. 3 determina a desapropriação de duas propriedades, espólios de Horminda Pinheiro Blum e Teodomiro Malaquias de Oliveira, para fins da construção do mercado municipal.

Segundo, Dr. Edson Paulino Cordeiro, prefeito na gestão (2000 a 2004), um dos principais motivos por iniciado um projeto de construção de um novo mercado, ocorreu porque o mercado na época esta com suas estrutura física comprometida, colocando em risco feirantes usuários, relata que de acordo com a assessoria de engenharia da época foi orientado a demolir, pois não havia condições reformas que garantisse a segurança, apontando, entre outros motivos, estrutura de cobertura comprometida e muitas fossas negras no entorno da base do mercado que não tinha uma estrutura para tal situação. Continuando, afirma que não consegui concluir a construção do novo mercado por motivos de divergências politicas na época com candidatos da oposição.

Em 15 de agosto de 2005, Antônio Pinheiro da Cruz (Tonão), prefeito na época, fecha acordo de desapropriação dos lotes urbanos, com os representantes dos espólios, pagando um valor de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), recursos auferido a partir de negociação de imóveis que o município possuía próximo à praça do mercado, quase um ano depois o primeiro obstáculo foi vencido.

Para Tonão, em sua gestão a frente do município, a maior dificuldade enfrentada foi a burocracia de repasses federais, combinada com os excessos de exigências da Caixa Econômica Federal que, para ele, se agravou com empresas terceirizadas (empreiteiras), difícil de trabalhar com obras públicas. Em sua opinião foi o que o impediu de concluir a obra em seu mandato.

Durante quase 15 (quinze) anos os feirantes e usuários viveram os encontros e desencontros, apresentado no documentário Mercados Riopardenses: encontros e desencontros, disponível site https://www.youtube.com/watch?v=4yJSNU4TJuQ, foi o nosso 3º mercado.

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Foto do 3º mercado, hoje o que serve ao município, até hoje um improviso de 15 anos.

O por fim o quinto registro, o da esperança, nutrida por muitos rio-pardenses que tem no mercado municipal mais do que um locus privilegiado da troca comercial, mas um lugar de trocas culturais, lazer, encontros, ou seja, onde se experimenta a sociabilidade em sua essência. Mais uma vez, um coincidência na historia dos mercados de Rio Pardo, o 3º mercado que será inaugurado no dia 03/12/2016, tem como protagonista o Dr. Jovelino Pinheiro Costa, bisneto de Dona Elisa Telvina Costa, irmão do Henrique Costa, que construiu 1º mercado de nossa cidade em 19 de julho de 1872, na transição de villa para cidade, através da  lei prov. Nº 1895, que autoriza o orçamento para o período de 1873-1874.

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Foto (fundo) 4º mercado, um processo de mais de 12 anos, previsto para ser inaugurado dia 03/11/2016.
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Foto (Frente) 4º mercado, um processo de mais de 12 anos, previsto para ser inaugurado dia 03/11/2016.

 

FOTOS:

Arquivo de Felicíssimo Tiago e Ester Mendes Patrício.

ROL DE ENTREVISTADOS:

Sr. Antônio Pinheiro da Cruz, empresário do ramo de combustíveis, foi vereador em 1976 a 1981, mandato de seis anos, assumiu a gestão do município de Rio Pardo de Minas por dois mandatos (2005-2008) e (2009-2012).

Dr. Edson Paulino Cordeira, Advogado, assumiu a gestão do município nos pleitos (1989 a 1992) e (2000 a 2004).

Dr. Jovelino Pinheiro Costa, Médico cirurgião, assumiu a gestão do município no pleito (2013 a 2016)

Dona Ester Mendes Patrício, Rainha do centenário Rio-pardense em 1972, professora e diretora da Escola Estadual Prof. Marlene Carmo, Bisneta de Henrique Costa, que era pai de Nair Costa, primeira esposa de João Mendes, seu avô, ambos contribuíram com o desenvolvimento do comércio de Rio Pardo de Minas, construindo o 1º e o 2º mercado, respectivamente, o primeiro na Praça Dr. José Cantídio e o segundo na Praça Dr. Miguel Rosa, ambos demolidos.

Dr. Paulo Costa, filho de Gumercindo Costa, nascido em Rio Pardo de Minas, em 1931, advogado, qualificado pelo Cônego Newton, com um homem de inteligência brilhante e culta, memoria pronta e perspicaz; a todos acessível sustentado por grande amor ao berço pátrio, nas palavras saudoso Cônego.

Sr. Henrique de Sá, filho José Evangelista de Sá, conhecido por Zé casula, nascido na localidade de Terra dura, Riacho de Areia, em 1926, foi Juiz de paz da cidade, no mandato do Prefeito Manoel da Mata, foi nomeado delegado no mandato de Dona Raimunda. Um dos poucos que saiu do campo para ocupar importantes cargos na cidade, naquele período.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

ANGELIS, Cônego Newton Caetano de. Efemérides Riopardenses. Salinas: R & S Arte Gráfica, 1998, 4 volumes.

CHAVES, Edneila Rodrigues. Hierarquias na Câmara Municipal em Rio Pardo (Minas Gerais, 1833-1872). 2012. 2 v. (506 f). Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de Historio.

CHAVES, Edneila Rodrigues. O Sertão de Rio Pardo: sociedade, cultura material e justiça nas Minas oitocentistas. 2004. (2019 f). Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História.

MESQUITA, Newton Caldeira. Rio Pardo de Minas em tempo de Politica: Alguns Momentos da História. Disponível em http://riopardense.blogspot.com.br/2009/03/rio-pardo-de-minas-em-tempos-de.html#links, acessado em 14 de novembro de 2016.

NEVES, Antonino da Silva. Corografia do Município do Rio Pardo. [Montes Claros]: Giselle Fagundes, 1908.

NOGUEIRA, Mônica Celeida Rabelo. Gerais a dentro e a fora: identidade e territorialidade entre Geraizeiros do Norte de Minas Gerais. Universidade de Brasília. Brasília, p. 233, 2009.

NOGUERA, Dinorah; OLIVEIRA, Dorisvaldo. Rio Pardo: Um rio marcado para morrer. Documentário, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=heoxVk2IMNQ, acessado em 15/11/2016.

PONTO DE CULTURA RIGUILIDO. Mercados Riopardenses: encontros e desencontros. julho de 2013, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=4yJSNU4TJuQ, acessado em 14 de novembro de 2016.

[1] Moisés Dias de Oliveira, é assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, mestrando em Desenvolv. Sustentável.

[2] Felicíssimo Tiago é fotógrafo e radialista.

[3] Utilizo o termo (Mercado) com inicial maiúscula, em sentido amplo significando um conjunto de pessoas individuais ou coletivas capazes de influenciar as vendas de um determinado produto. Já (mercado) com inicial minúscula significando um lugar público onde negociantes expõem e vendem gêneros alimentícios e artigos de uso rotineiro.

[4] Cônego Newton, informa aos pesquisadores e produtores, Dinorah Nogueira e Dorisvaldo Oliveira que Existe um documento com apelo da câmara municipal de Rio Pardo de Minas, dirigido ao governo da província, datado de 1858, que trata da navegação do rio, e que diz: o rio que dá nome a este município desde sua porção com o preto próximo a esta vila, é navegável até o mar.

[5] Henrique Costa era pai de Nair Costa Mendes, 1º esposa de João da Silva Mendes, quem construiria o segundo mercado início dos anos 50.

[6] Segundo informações de José Maria Ferreira dos Santos, (Zezão do Sindicato), a partir de historias contadas por seu pai, diz que –  era conhecido por açúcar de arapuca, imprensado, com auxilia de folhas de bananeiras e areia.

[7] Efemérides Riopardenses, pag. 78, vol. III.

[8] Efemérides Riopardenses, pag. 124, vol. I.

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8 respostas para Registros da evolução do “mercado riopardense”: a força da imagem e a solidez da memória.

  1. Nossa, Dinei, que ótima iniciativa! Parabéns! Eu adoro ler sobre a história de Rio Pardo. Outro dia encontrei essa tese de Edneila Chaves e achei maravilhosa. Gostaria um dia de escrever sobre a história da educação riopardense.

  2. Sensacional! Texto incrível e a riqueza dos detalhes nos traz a sensação de estar lá. Ver que alguns dos meus familiares ( meu bisavô Juvenato e tia Bertildes entre outros) fez parte dessa história é simplesmente fantástico, eu como geraizeira e apaixonada pela minha terra, por minhas origens e raízes fiquei maravilhada com o texto.

    • Helenita Barbosa de Souza Miranda. disse:

      Passa um filme na minha mente. Resgate perfeito da memória e da história de minha terra natal. Tenho e sensação que vivi todos estes momentos, mesmo tendo saido dai com 8 anos de idade. Minha memória guardou cada instante vivido ai. E muito me orgulho das minhas raízes e deste povo incansável que não desiste jamais… Parabéns Rio Pardo!!!!!!!

  3. Lucas Daniel Vieira Mesquita disse:

    Parabéns! Só faltou um “famoso homem sábio” no rol dos entrevistados. O conhecido bigode… Abraço.

  4. Edivalson disse:

    Que belíssimo trabalho, uma linda história q os nossos governantes corruptos deixaram acabar. Parabéns !😳😪😪

  5. dozim disse:

    belissimo trabalho recordar antiga cidade de rio pardo nossa maravilhosa cidade e acordar o povo de rio pardo

  6. Nondas disse:

    Ótima aula de história, principalmente para os novos habitantes da cidade. Parabéns !

  7. Willian Lopes disse:

    Parabéns Dinei, grande reportagem sobre nossos mercados, ótima história, nosso passado nos encher de orgulho , que pena que nosso presente nao faça o mesmo….

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